Codó (MA): equipe da Busca Ativa Escolar realiza atividades lúdicas para conscientizar familiares e alunos sobre a importância da educação

Com o nome “Busca Ativa em Ação”, uma vez por mês o projeto visita as escolas com o maior índice de infrequência para fortalecer os laços entre escola e estudantes; na foto, alunos da Rede Municipal de Ensino de Codó mostram os cartazes que produziram com base na história a Raposa Estudiosa
A equipe municipal da estratégia Busca Ativa Escolar (BAE) em Codó (MA) apostou na ludicidade, em 2025, para reforçar a importância da educação para as crianças e adolescentes e explicar o trabalho realizado pelos profissionais da estratégia. Este mês, junho de 2025, ocorreu a primeira semana do projeto “Busca Ativa Escolar em Ação”, que levou atividades lúdicas, como brincadeiras, jogos, filmes e teatro, para o pátio e as salas de aula das escolas com maior índice de infrequência escolar no município.
O projeto foi lançado em maio de 2025 pela Prefeitura de Codó (MA), por meio da Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMECTI), e passou a integrar o calendário escolar da cidade maranhense. De acordo com Edilson Pessoa, coordenador operacional da BAE no município, o projeto ganhou uma semana de cada mês para realizar visitas e atividades lúdicas e interativas nas escolas com maior risco de abandono escolar. O objetivo é conscientizar famílias, professores e escolas sobre a importância da educação.
“A gente recebe a frequência de todas as escolas, via o Diário Online, para definir quais escolas vamos visitar. Tem prioridade aquelas unidades com maior infrequência”, explica Pessoa. “Por meio da inserção de práticas lúdicas, formativas e integradas nas escolas, fortalecemos os vínculos entre estudantes e o ambiente escolar e atuamos de forma preventiva, evitando a evasão”, afirma.
No projeto, também estão previstas ações formativas para os professores e fortalecimento de parcerias com a rede de proteção social.
“Acreditamos que a ludicidade é um instrumento pedagógico potente na construção de vínculos com a escola. Ao aliarmos essa prática à formação continuada de professores e à integração com a rede de proteção social, ampliamos a capacidade de a escola de acolher, prevenir e intervir precocemente em casos de risco de abandono escolar”, destaca Maria Francinete Oliveira, diretora de Ensino da Rede Municipal de Educação - Anos Iniciais.
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Recomeço
O município maranhense de Codó aderiu à Busca Ativa Escolar em 2017, primeiro ano da estratégia, e realizou as readesões ainda no primeiro mês (janeiro) de cada novo ciclo da gestão municipal. No entanto, 2025 é um ano de recomeço para a estratégia na cidade. A equipe municipal da BAE, definida pela prefeitura, é toda nova, e pela primeira vez atuam na linha de frente da rede de proteção e garantia de direitos de crianças e adolescentes.
“Para todos nós a metodologia e a ferramenta da Busca Ativa Escolar são novidades, apesar de a cidade fazer uso da estratégia desde 2017”, conta o coordenador operacional. “Mas ao longo desses 8 anos, Codó registrou na plataforma 1,7 mil casos de crianças e adolescentes em risco de evasão escolar, dos quais 556 foram concluídos com sucesso”, conta Edilson Pessoa.
Atualmente, a equipe da BAE em Codó está realizando o acompanhamento de 180 casos de crianças e adolescentes que estão fora da escola. O trabalho da estratégia é realizado por três órgãos: as secretarias de Educação e Assistência Social e o Conselho Tutelar. Ao todo, a prefeitura designou 2 coordenadores operacionais, 4 supervisores institucionais, 17 técnicos verificadores e ficou estabelecido que os gestores educacionais - cerca de 80 profissionais – são os agentes comunitários da estratégia.
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Na Educação, entre as primeiras medidas da nova gestão, foi realizada reunião com os gestores e supervisores educacionais e professores para apresentar a BAE. O maior desafio é capacitação dos gestores escolares no uso da plataforma.
São os servidores públicos da Secretária Municipal de Educação que fazem as visitas domiciliares, quando identificadas situações de infrequência ou abandono escolar. Entretanto, o contato direto nas comunidades é feito, na maioria das vezes, pelos profissionais dos CRAS e CREAS, que já fazem o atendimento ao público. Os assistentes sociais promovem, frequentemente, palestras reforçando a importância das crianças e adolescentes serem assíduos, além das conversas e orientações nos atendimentos individuais.
“Buscamos acompanhar, entender e solucionar os problemas enfrentados pelas famílias que impossibilitam o acesso da criança ou adolescente aos seus direitos fundamentais. Também temos o propósito de fazer uma educação inclusiva. Muitas famílias ainda têm a crença de que a escola não é lugar de crianças com deficiência. Então, o nosso papel é mostrar que essas crianças com deficiência podem e devem aprender e há políticas públicas que abrem as portas do ensino regular para elas, e o nosso município ainda oferta reforço no contraturno para elas”, conta Maria José Silva, técnica verificadora da SEMECTI, lembrando ainda que, dependendo do caso, a equipe da BAE faz o encaminhamento da criança e adolescente para a rede de proteção. “Nenhuma política pública trabalha sozinha!”, complementa.
Situada no Leste Maranhense, a 300 km de distância da capital estadual São Luís, Codó possui uma população de 114,3 mil habitantes e conta com 143 estabelecimentos de ensino fundamental, segundo o portal Cidades do IBGE.
Com informações e imagens da SEMECTI.