Municípios alagoanos participam de formações e avançam na implementação da Busca Ativa Escolar
Visitas técnicas com o para avançar na implementação e oficina sobre a violência e exclusão escolar foram realizadas no Estado pela Asserte, parceira técnica da Busca Ativa Escolar no território
A implementação da Busca Ativa Escolar em Alagoas recebeu reforço na última semana de agosto. A Associação de Defesa da Educação, Saúde e Assistência Social (Asserte), organização parceira técnica na implementação da Busca Ativa Escolar no estado, realizou dois momentos que contribuíram com a formação das equipes da estratégia em 16 municípios alagoanos.
A organização realizou visitas técnicas aos municípios de Atalaia, Messias, Pilar, Barra de Santo Antônio e Maceió, entre os dias 26 e 29 de agosto, com o objetivo de fortalecer a intersetorialidade na implementação da estratégia, promover a integração das escolas e garantir o funcionamento adequado da metodologia de combate à evasão e ao abandono escolar.
A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Além do apoio da Asserte, a estratégia conta com a parceria estratégica da BRK Ambiental em Alagoas.
Nas cidades Atalaia, Messias e Pilar, que já avançaram na implementação da Busca Ativa Escolar, foi possível aprofundar as discussões em relação à articulação entre escolas, redes de proteção e famílias, garantindo uma maior compreensão da intersetorialidade e fortalecimento do vínculo entre a estratégia e as redes de ensino locais. “O nosso propósito foi conversar com as equipes para elevar o nível de engajamento, reforçando a compreensão de que as escolas têm um papel central tanto na geração de alertas quanto no acompanhamento das famílias e na coleta de informações fundamentais para enfrentar as questões de evasão escolar”, disse a especialista em Educação da Asserte, Ana Paula Costa.
Já em Maceió, a equipe da Asserte conduziu uma oficina de sensibilização direcionada a assistentes sociais e coordenadores pedagógicos de 16 escolas, selecionadas de oito regionais do município. O objetivo foi capacitar esses profissionais, que já atuam no acompanhamento de questões sociais envolvendo as famílias dos estudantes, para assumirem o papel de técnicos verificadores na plataforma Busca Ativa Escolar.
No município da Barra de Santo Antônio, que se encontra em uma fase inicial de implementação, o foco da visita foi sensibilizar os gestores escolares em relação à estratégia. Com o encontro, foi possível uma maior aproximação das escolas com as equipes locais, garantindo que o processo da Busca Ativa Escolar se consolide.
Outra atividade realizada em Alagoas pela Asserte com o objetivo de fortalecer a implementação da Busca Ativa Escolar junto a municípios do Estado, ocorreu no dia 30 de agosto, em Rio Largo (AL). Foi a oficina “Fenômeno da Exclusão Escolar: Violências e Violações”, que reuniu cerca de 40 profissionais de 12 municípios, incluindo coordenadores operacionais da estratégia, supervisores de Saúde, Educação e Assistência Social, além de psicólogos, assistentes sociais e educadores.
“O encontro proporcionou um espaço para a troca de experiências e fortaleceu o compromisso das equipes municipais na proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Foi uma oportunidade única de refletirmos sobre as diversas formas de violência que afetam nossos estudantes e de pensarmos em soluções conjuntas para enfrentá-las”, destacou Ana Paula Costa.
A oficina abordou, de forma lúdica, como os rótulos atribuídos a estudantes podem influenciar negativamente suas trajetórias educacionais e debateu também nove temas centrais relacionados às violências e violações de direitos. Os temas incluíram trabalho infantil, gravidez na adolescência, abuso e exploração sexual de meninos e meninas, adolescentes em conflito com a lei, uso de substâncias psicoativas, violência verbal, física e psicológica, fracasso escolar e desinteresse pela escola, bullying e discriminação por gênero, raça e etnia e a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência física e mental. Cada grupo analisou esses temas sob a ótica das políticas públicas existentes e das legislações vigentes, debatendo o papel da Busca Ativa Escolar no enfrentamento dessas questões.
*Com informações da Asserte