Busca Ativa Escolar é um dos temas debatidos em encontro de representantes do UNICEF com Governador de Sergipe

Em reunião com o Governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, o coordenador do UNICEF para o Semiárido brasileiro, Dennis Larsen, e a coordenadora do UNICEF para Sergipe, a Bahia e Minas Gerais, Helena Oliveira, pactuaram a formalização de um novo acordo de cooperação entre o Governo de Sergipe e o UNICEF para fortalecer ações pela garantia de direitos de crianças e adolescentes que vivem no estado, abrangendo diversas políticas públicas. 

Um dos assuntos abordados na reunião foi a Busca Ativa Escolar, estratégia que alcança 100% dos municípios sergipanos. Em todos os municípios do estado, as equipes atuam na identificação de crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, investigando as causas que os levaram a essa situação, atendendo-os pelos diversos serviços da rede de proteção e (re)matriculando-os.

“Ver o UNICEF reconhecer o trabalho de Busca Ativa Escolar que realizamos nas 75 cidades de Sergipe é motivo de muito orgulho para nós”, pontuou o governador, ao destacar que “mais do que estarem na escola, é fundamental que estas crianças e adolescentes estejam estudando com qualidade”.

Por meio da Busca Ativa Escolar, mais de cinco mil meninos e meninas de Sergipe que estavam fora da escola tiveram de volta o direito de estudar. Ainda assim, Sergipe é o estado brasileiro com maior percentual de crianças e adolescentes com privação intermediária em educação (12,43%).

Selo UNICEF, cobertura vacinal, enfrentamento às desigualdades sociais e às múltiplas formas de violências contra crianças e adolescentes também estavam na pauta da discussão do encontro. 

Presenças

Também participaram da audiência o vice-governador e secretário de Estado da Educação e Cultura, Zezinho Sobral; a primeira-dama e secretária de Estado da Assistência Social e Cidadania, Érica Mitidieri; o secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro; a especialista em Saúde do UNICEF Tatí Andrade; e a coordenadora do Selo UNICEF em Sergipe, Bahia e Minas Gerais e coordenadora de projetos do CDJBC, Joilda Aquino. 

Desigualdades

Um dos maiores desafios para garantir os direitos de meninos e meninas em Sergipe diz respeito à desigualdade social: 76,6% das crianças e adolescentes no Estado são afetados por uma ou mais de uma dimensão da pobreza, e 22,68% desta parcela da população vive em situação de pobreza extrema. Os dados são da pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”, lançado pelo UNICEF em fevereiro deste ano. 

Após apresentarem brevemente a missão e a atuação do UNICEF, os representantes entregaram cópias da publicação ao governador e aos secretários presentes. “A partir das informações presentes no estudo, é possível identificarmos pontos de atenção e traçarmos uma agenda em comum para enfrentar, de forma intersetorial, os principais desafios que afetam meninos e meninas sergipanas”, afirmou Dennis Larsen.

“Nós vemos estes desafios apresentados como oportunidades. Vamos seguir assim: o UNICEF provocando Governo do Estado, o Governo provocando os municípios, sempre para avançar na qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes”, resumiu o governador, que se colocou à disposição para construir uma agenda em comum com UNICEF. 

Selo UNICEF 

Ao apontar o histórico de colaboração entre Governo do Estado e UNICEF, Helena Oliveira chamou a atenção para o engajamento dos municípios sergipanos no Selo UNICEF. “A disponibilidade do governo de Sergipe foi decisiva para a adesão de 100% dos municípios do semiárido sergipano à atual edição do Selo UNICEF”, destacou. Em Sergipe, 56 municípios integram a iniciativa, incluindo os 51 localizados na região do semiárido e mais cinco que solicitaram a adesão à estratégia.

“O nosso desejo é encerrar esta edição do Selo UNICEF no final de 2024 com todos os 56 municípios que iniciaram esta caminhada”, resumiu Joilda Aquino, coordenadora de projetos do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC), parceiro implementador do Selo UNICEF em Sergipe, Bahia e Minas Gerais. 

* Fonte: UNICEF